Segue abaixo a matéria para que vocês possam conferir e o link dos sites em que saiu.
Espero que gostem!
Jasmim A.
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Jasmim Avelino, longboarder de apenas 16 anos, entrevista Fernanda Guerra, pioneira do surf, primeira mulher a surfar no Brasil que começou a aventurar-se nas pranchas de madeirite no início da década de 60, no Arpoador.
Confira essa conversa bem interessante entre gerações.
Fernanda Guerra no posto 6 com sua madeirite, década de 60 |
1. Você foi a primeira mulher a surfar no Brasil, como se sente em relação a isso?
O surf estava iniciando no inicio dos anos 60 quando eu comecei a surfar. Sempre gostei de fazer esportes e quando vi os meninos surfando ficava nadando em volta e pedindo para eles me empurrarem nas ondas. Naquela época as pranchas eram de madeira e usávamos pés de pato.
2. Os anos passaram, os pensamentos e hábitos mudaram. Você acredita que a essência do surf continua a mesma?
A essência do surf é sempre a mesma, comigo nada mudou, mesmo aos 62 sou apaixonada pelo surf até hoje, procuro acompanhar os campeonatos e sempre ficar atualizada.
Jasmim surfa sempre no berço do surf carioca - Arpoador |
3. Antigamente, existia certo preconceito quando as mulheres se dedicavam ao surf. Qual você acha que seja a situação a respeito disso nos dias de hoje?
Na época, nunca sofri preconceito, pois éramos poucos surfistas e poucas pranchas, sendo que eu tinha uma, quem arrumasse confusão comigo não usava minha prancha. rsrsrsrs
Quando o surfista seja homem ou mulher respeitam os colegas,não tem preconceito, só amizade, e este que deve ser o espírito do surf.
Quando o surfista seja homem ou mulher respeitam os colegas,não tem preconceito, só amizade, e este que deve ser o espírito do surf.
4. Tenho apenas quatro anos de trajetória no surf, e mesmo assim não representa para mim apenas um esporte, e sim, um estilo de vida. Com décadas de experiência na modalidade, o que ele representa para você?
O surf só me deu alegrias e grandes amigos, alguns desde a década de 60. A Maria Helena ainda é minha grande amiga até hoje. Tanto ela como eu, estamos casadas com os namorados da época do Arpoador.
Jasmim eternizando um dos momentos clássicos do Longboard, nose rider Foto: Pedro Monteiro |
5. Surfo com freqüência no Arpoador, local onde você começou a surfar nos anos 60, o berço do surf carioca. Ainda tem o costume de freqüentar a praia que formou diversos campeões do surf nacional e internacional? Qual sua opinião sobre o Arpoador nos dias de hoje?
Nunca mais surfei no Arpoador, só vou lá para assistir campeonatos e me da uma certa nostalgia. Lembro-me dos ótimos anos que surfava lá com poucas pessoas e só amigos.
Acho que o Arpoador é uma das melhores ondas do Rio, principalmente quando esta grande e a onda vêm de trás da terceira laje.
Acho que o Arpoador é uma das melhores ondas do Rio, principalmente quando esta grande e a onda vêm de trás da terceira laje.
6. Hoje em dia, é fácil ver no outside famílias divertindo-se com o surf. Eu, por exemplo, fui incentivada a surfar pelo meu pai, Ricardo Avelino, que está no esporte desde criança e minha irmã Shayana, que frequentemente divide pódios e baterias comigo em campeonatos. Você tinha o apoio de seus familiares para a prática do surf? Quem foi seu maior incentivador?
Sempre tive apoio do meu pai que era o meu maior incentivador.
Quando foi fundada a primeira associação de surf, as reuniões eram na minha casa e meu pai era o vice presidente, ele que consegui com o prefeito Negrão de Lima que fosse liberado ao surf 200 metros de praia, em direção ao Leblon com o horário livre, pois era proibido surfar antes das 2 horas da tarde.
Neste ultimo mês de janeiro, tive o prazer de levar meus 3 netos, Johnny de 5 anos, Manuela de 8 anos e Antonia de 10 anos para um surf camp na praia da Pipa. Ficamos 1 semana e eles amaram.
Cheguei a pegar 1 onda com a Antonia e ela ficou amarradona de surfar com a vovó.
Quando foi fundada a primeira associação de surf, as reuniões eram na minha casa e meu pai era o vice presidente, ele que consegui com o prefeito Negrão de Lima que fosse liberado ao surf 200 metros de praia, em direção ao Leblon com o horário livre, pois era proibido surfar antes das 2 horas da tarde.
Neste ultimo mês de janeiro, tive o prazer de levar meus 3 netos, Johnny de 5 anos, Manuela de 8 anos e Antonia de 10 anos para um surf camp na praia da Pipa. Ficamos 1 semana e eles amaram.
Cheguei a pegar 1 onda com a Antonia e ela ficou amarradona de surfar com a vovó.
O mar e o longboard ainda presente na vida de Fernanda |
7. Deixe sua mensagem para a nova geração do esporte!
O conselho que dou para as meninas é para surfar muito e aproveitar bastante, pois uma juventude feliz abre muitas portas no resto da vida. Aloha.
Jasmim Avelino conta com o apoio do shaper Carlos Fernandes, Colégio Legrand e da marca de praia Recco Teen. Confiram o blog da atleta: http://jasmimavelino.blogspot.com/
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